A Polícia Federal apresentou na tarde desta quarta-feira (4) um balanço da operação que desarticulou uma quadrilha de Minas Gerais. O grupo fazia o contrabando de armas dos Estados Unidos para traficantes de drogas de favelas do Rio de Janeiro. Estima-se que desde 2009, cerca de 500 armas podem ter sido enviadas de forma ilegal para o Rio de Janeiro passando pela cidade de Engenheiro Caldas (MG).

Segundo a PF, os fuzis chegavam ao Brasil pelo Porto de Santos (SP). As armas eram escondidas dentro de colchões transportados em containêres juntamente com móveis e objetos de famílias brasileiras que regressavam dos EUA.

Cinco pessoas foram presas, entre elas quatro da cidade de Engenheiro em Caldas e uma de Governado Valadares (MG). Outras duas pessoas que fariam parte da quadrilha estão nos Estados Unidos com o mandado de prisão em aberto, mas ainda não fora detidas, de acordo o delegado de Repressão Contra o Patrimônio e Tráfico de Armas de Belo Horizonte, Marcilio Zocrato.

A Polícia estima que os fuzis eram adquiridos por um valor de US$ 500 a US$ 800 nos Estados Unidos e revendidos nas favelas cariocas com valores entre R$ 25 mil e R$ 30 mil. Segundo delegado Zocrato, as armas foram compradas ilegalmente no estado americano da Flórida e estavam com a numeração raspada.

“A investigação começou há aproximadamente um ano, neste período 22 fuzis foram apreendidos. Grande parte do armamento, apreendido em ações de pacificação nas favelas cariocas, foi provavelmente adquirido pelos traficantes por meio dessa quadrilha”, afirma o delegado.

Ainda de acordo com o delegado as famílias e as empresas resposansáveis pelas mudanças não sabiam do esquema de tráfico de armas. Outras pessoas ainda estão sendo investigadas por suspeita de envolvimento no crime. A polícia não divulgou os nomes das cinco pessoas presas, mas informou que os sete componentes da quadrilha são homens.

Fonte: Diego Souza e Nicole Melhado 
Do G1 Vales de Minas Gerais