Em liberdade desde a última sexta-feira, o ex-goleiro Bruno concedeu uma entrevista à rádio Itatiaia e lamentou o esquecimento dos companheiros do Flamengo, que durante período na cadeia sequer lhe enviaram uma carta. A mágoa tem endereço certo, os jogadores do time campeão brasileiro de 2009, um dos títulos que marcaram a carreira do arqueiro acusado pela morte de Eliza Samudio. 

"Gostaria de ter recebido, no mínimo, uma carta daquele grupo de 2009, aquele grupo que foi campeões brasileiros. Eu não queria nada, na verdade, eu não quero nada de nenhum deles. Mas, naquele momento, independentemente de Patrícia Amorim (presidente do Flamengo na época) de ter proibido, como naquela época eles falaram que ela proibiu. Se fosse com qualquer um deles, eu, independentemente do que aconteceu, eu mandaria uma carta, eu seria mais radical, eu iria lá. Independentemente se o cara errou. Não concordo com você, eu falaria, mas vim aqui te ver. Prestar solidariedade. Ser solidário. Faltou isso. Eu só queria uma carta, uma carta daquele pessoal. E eu não tive", disse o atleta, que agora busca retomar a sua carreira no futebol. 

Bruno também admitiu na entrevista que não estava preparado para uma ascensão tão rápida no futebol. 

"O cara quando é muito pobre e se depara com o sucesso rapidamente, eu mesmo não estava estruturado. A pessoa deixa se levar. E mesmo a Ingrid me falando várias vezes, me chamando atenção. Eu tinha que estar com o coração aberto para ouvir. Mas eu achava que, eu colocando as coisas materiais dentro de casa, era o suficiente. Mas não é não. Hoje, falo muito para as pessoas, a gente não precisa de muita coisa para ser feliz, não. A gente precisa de amor", analsou o jogador em entrevista à Itatiaia.