Moradores de Timóteo, Jaguaraçu e Antônio Dias protestaram, nesta quinta-feira (03), contra a interdição da Ponte Mauá, um dos acessos que liga os municípios de Timóteo e Coronel Fabriciano. A ponte foi fechada na terça-feira (1), depois que a empresa Aperam, responsável pelo local, constatou que as condições de uso não atendem aos requisitos técnicos e legais, comprometendo a segurança de veículos e pedestres.

Na manhã desta quinta, uma grande quantidade de areia e resíduos foi colocada para bloquear a ponte e impedir a passagem. Segundo os manifestantes, o trecho é usado a mais de 50 anos como um atalho para chegar a BR-381.

"Já moramos em um local de difícil acesso e ninguém se importa com isso. A ponte nos ajuda a encurtar o caminho de Timóteo a Fabriciano. Normalmente gastamos 15 minutos passando por esse atalho, se pegarmos o caminho tradicional esse tempo passa para 40 minutos. Gastamos mais tempo e dinheiro", disse o pedreiro Ivair Neto Ribeiro.

Foto: Reprodução / Inter Tv dos Vales 

No local, uma placa indica que a área da ponte é particular. A dona de casa, Cristina Silva Souza, conta que nunca soube que o espaço pertencia a uma empresa. "Desde que nasci vejo pessoas passando por aqui. Não tínhamos conhecimento que era uma área privada, agora que apareceu essa informação. O fechamento da ponte vai atrasar serviços essenciais como a chegada dos bombeiros e polícia nas nossas casas, será um atraso de vida", declarou.

A siderúrgica Aperam informou que apesar de o local ser propriedade privada da empresa, onde se realizam atividades industriais, a instituição comunicou previamente a decisão à comunidade. Disse ainda que reitera sua posição de estar sempre aberta ao diálogo, observando todos os requisitos legais e os critérios de segurança em suas operações.