Foi deflagrada na manhã dessa terça-feira, 30, a Operação Mustang. O objetivo é apurar crimes de sonegação fiscal e de lavagem de dinheiro, bem como recuperar ativos desviados do erário público do estado. A ação, desenvolvida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e com a Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão em duas residências e nas sedes das empresas Pohlig Heckel, em Contagem, e Movi MBC, em Belo Horizonte.

Na operação, mais de 60 veículos foram sequestrados e R$140 mil, bloqueados da conta bancária de um jovem de 19 anos, filho do principal sócio e gestor das empresas. Foram encontradas ainda armas e munição.

Participam da operação dois promotores de Justiça, dois delegados de Polícia Civil, dez auditores fiscais e 13 agentes policiais.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça.

Dívida fiscal
Principal alvo das investigações, o grupo Pohlig Heckel (PHB), composto por três empresas, tem, segundo o MPMG, uma dívida fiscal junto à Receita Estadual de cerca de R$ 32 milhões, iniciada em 1995. As apurações indicam também que o principal sócio e gestor das empresas teria adquirido dezenas de carros antigos de alto valor de mercado, além de ser patrocinador de corridas de automóveis.

O trabalho conjunto da Polícia Civil e do MPMG, com o apoio da Receita Estadual, aponta que o empresário transferiu grande parte do patrimônio para o filho e para outros parentes. Um jovem de 19 anos, cuja renda declarada não ultrapassa R$3 mil ao mês, é proprietário de 77 veículos de colecionador. Ainda de acordo com as investigações, o rapaz recebeu do pai pelo menos três imóveis de alto valor e é dono da empresa Movi - MBC Sistema de Automação, que possui 11 veículos antigos em seu nome.