A série de eventos programada para marcar o aniversário seguirá até o dia 13 de julho, com as tradicionais 26ª Romaria Ecológica de Marliéria, 18ª Romaria Ecológica de Dionísio e 16ª Romaria Ecológica de Timóteo. Na edição deste ano, o evento de encerramento deve reunir cerca de 2 mil pessoas na unidade de conservação.

 O Parque Estadual do Rio Doce foi criado em 1944, num esforço do bispo Dom Helvécio para a preservação do grande remanescente do bioma Mata Atlântica existente na região e para o fortalecimento da participação das comunidades na proteção da unidade de conservação. “As Romarias Ecológicas têm o objetivo de resgatar os fatos históricos e religiosos do século passado que culminaram na criação do parque”, explica o gerente da unidade de conservação, Vinícius de Assis Moreira.

As comemorações iniciaram com a celebração de uma missa na Igreja da Comunidade de Conceição de Minas, em Dionísio, acompanhada pela imagem de Nossa Senhora da Saúde, padroeira do parque. No dia seguinte, 7 de julho (domingo), aconteceu nova missa, desta vez na Igreja Matriz de Dionísio.

Ao longo da semana, diversas celebrações vão ocorrer em comunidades de Dionísio, Marliéria e Timóteo. O ponto alto acontece no sábado (13/7), com a realização das romarias. Os participantes partem, logo pela manhã, das cidades de Timóteo e Marliéria em direção ao parque, com paradas ao longo do caminho, onde são realizadas celebrações religiosas. As duas cavalgadas se encontram na estrada que dá acesso ao parque e chegam juntas à unidade de conservação, onde será realizada a celebração pelos 75 anos de criação da reserva ambiental.

Os participantes das romarias também poderão conferir os itens da 19ª feira de artesanato e produtos típicos das comunidades do entorno do Parque Estadual do Rio Doce. A tradicional atividade acontecerá logo após a celebração e mostrará um pouco das tradições do Vale do Aço mineiro.

 Pesquisa no Rio Doce

O Parque Estadual do Rio Doce (Perd) é cenário de diversas pesquisas apoiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). São estudos que tratam da diversidade de espécies da fauna e da flora presentes na unidade de conservação. O parque é ainda um verdadeiro laboratório para realização de pesquisas que buscam soluções para eventuais desastres e desequilíbrios ambientais.

Atrativos e passeios

A diversidade de atrativos do Parque Estadual do Rio Doce atende diferentes gostos e interesses. Há opções de trilhas para os mais aventureiros, passeios contemplativos, atividades de pesca esportiva e até trilhas para crianças. O parque oferece uma verdadeira imersão no universo de árvores centenárias e animais silvestres deste que é um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica no Brasil.

O Centro de Visitantes é o primeiro contato do turista com o parque, onde é possível conhecer sua história no auditório, mirante, biblioteca e sala de exposição. No Auditório, chamado Borun do Watu (índio do Rio Doce, em dialeto Krenak), acontecem eventos e há uma exposição permanente de quadros, fotos e objetos de uso dos índios Boruns, também conhecidos como Botocudos, que foram os primeiros habitantes da região e hoje ocupam a margem esquerda do Rio Doce, próximo à cidade de Resplendor. Edificado na forma estilizada de um lagarto, o Mirante é dividido em dois níveis, permitindo a contemplação da área do parque em 360 graus.

Para qualificar os roteiros de viagens e tornar a experiência do turista mais proveitosa e cada vez mais segura, a Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) articula e incentiva, por meio do Programa Minas Recebe, parcerias com agências e operadoras de receptivo locais. Um dos principais resultados do Programa, que oferece ações de capacitação, foi a formatação de novos roteiros que incluem o Parque do Rio Doce.