As escolas de Minas Gerais terão um canal de comunicação direto e exclusivo com a Polícia Militar para registrar ocorrências de violência ou ameaças dentro das instituições. A medida foi anunciada pelo governador Romeu Zema, na manhã desta quarta-feira (12/4), após ameaças de ataques a escolas em todo país.

"Diretores e a gestão da escola terão um número exclusivo de cada comando de unidade para que possam, sem qualquer delonga, comunicar ocorrências que tenham necessidade de intervenção mais urgente", afirmou Zema em coletiva de imprensa.

Para reforçar a segurança, o governo de Minas também anunciou novas regras e maior rigor com restrição de acesso aos prédios escolares. A partir da próxima semana, a entrada de visitantes só será liberada mediante identificação da pessoa e autorização do diretor da escola.

A previsão é de que todo o projeto de segurança anunciado nesta quarta-feira (12/4) também possa ser estendido às unidades de ensino municipais e privadas. "Esses procedimentos serão extensivos às demais redes de ensino. Vai depender dos prefeitos e das instituições", disse Zema.

A iniciativa é coordenada pelo Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar, criado nessa segunda-feira (10/4), que além do Governo de Minas, conta com a participação de representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), da União dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais (Undime) e do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep).

Câmeras nas escolas

O plano do governo é instalar câmeras e alarmes em 100% das unidades de ensino estaduais até o meio do ano. Hoje, 2,5 mil das 3,4 mil escolas estaduais contam com sistema de monitoramento 24 horas.

Em 2023, estão previstos investimentos na casa dos R$ 35 milhões para finalizar a instalação dos sistemas de segurança nas unidades de ensino. No ano passado foram investidos R$48 milhões com a tecnologia.