O principal acesso às 55 cidades do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, é pelas rodovias BR’s 367, 116 e 251. A região não possui aeroportos que operam com voos comerciais e, sim, algumas pistas para pousos e decolagens de aeronaves pequenas, de executivos.

As pessoas que preferem ir para a região de avião utilizam os terminais de Vitória da Conquista, na Bahia, e Montes Claros, mas acabam passando por estradas precárias no caminho para o Vale.

Grande parte das vias são formadas por pista simples, ou seja, uma faixa em cada sentido, aumentando o risco de acidentes e a sensação de insegurança aos condutores. No caminho para o Vale do Jequitinhonha o Diário observou várias carretas carregadas com eucalipto, que saem pela contramão, gerando risco de colisões com veículos no sentido contrário.

A rodovia mais precária flagrada pela equipe é a BR-367, que há mais de 30 anos não recebe recapeamento e está repleta de buracos, alguns gigantes. Para amenizar os riscos de acidentes, pessoas que moram ao lado da via tapam as crateras com terra vermelha.

Motoristas que passam com frequência pela região relatam inúmeros problemas, como pneus furados.

“Muito buraco, estrada perigosa tem que desviar de um lado, já vem outro carro em cima. Está feio o negócio, viu? Toda essa rodovia está com buracos tapados com terra.”

“A situação da BR 367 não tá nada legal. Já é a terceira vez que eu venho e até achei uma coisa muito engraçada. Foi aqui, perto de Itaobim, uma equipe muito grande tampando o buraco com terra com argila. Achei muito legal e triste simultaneamente.”

A chuva do ano passado é outro fator que, somado à estrutura sucateada das rodovias, piorou as condições de tráfego. Quem explica é o diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais, Adalcir Ribeiro Lopes.

“Falando do Vale do Jequitinhonha, além de muitos anos de falta de manutenção nas rodovias de modo geral. O Vale do Jequitinhonha tem que ter um olhar mais pontual para aquela situação, porque nossos caminhões daqueles trechos muitos ainda dão volta. Tem que percorrer um trecho às vezes maior para conseguir viabilizar chegar a uma cidade ou outra.”

Em Nota, o DER destaca que antes do período chuvoso são realizadas ações preventivas de manutenção e conservação rotineira que incluem a realização de operação tapa buracos, roçada da faixa de domínio, limpeza do sistema de drenagem e conferência da sinalização horizontal e vertical.

O DER afirma também que vem tomando as providências necessárias para garantir as condições de trafegabilidade.