Vinte sete pessoas, sendo uma delas o ex-prefeito de Belo Oriente, Pietro Chaves (PDT), foram denunciadas na quarta fase da Operação Perfídia, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ipatinga, que investiga esquema criminoso na administração pública da cidade de Belo Oriente, no Vale do Aço.

As investigações tiveram início em 2016. Na última fase, em fevereiro do ano passado, três pessoas, além do ex-prefeito de Belo Oriente Pietro Chavesforam presas. Segundo informações do delegado Gilmaro Alves, o ex-chefe do executivo, que foi solto e responde em liberdade, está sendo denunciado pela segunda vez pelo mesmo esquema.

O documento da quarta fase da operação detalha a participação de Pietro Chaves no esquema que desviou mais de R$ 300 mil dos cofres da cidade. De acordo com os investigadores, a organização criminosa se instalou no município ainda em 2012, quando Pietro era candidato a prefeito. Para o Gaeco, foi montado um “comando especializado” com o objetivo de desviar recursos dos cofres do município.

“Essa é a segunda denúncia contra o ex-prefeito. Nessas investigações, foi apurado outros funcionários fantasmas, pessoas que simplesmente por questões políticas receberam do município sem prestar serviços. Na verdade, o esquema desta fase da operação é o mesmo modus operandis em relação aos funcionários fantasmas da primeira fase”, explicou o delegado.

Entenda o caso
Em dezembro de 2016, o Gaeco deflagrou a primeira fase da operação Perfídia, que investiga os desvios de recursos na prefeitura de Belo Oriente. Nesta fase, três pessoas foram presas. Já em janeiro deste ano, a polícia cumpriu outros cinco mandados de prisão em uma segunda fase da operação; cinco pessoas continuam foragidas.

O Gaeco detalhou como criminosos usavam de funcionários “fantasmas” para desviar dinheiro da prefeitura de Belo Oriente (MG). Segundo o relatório, cerca de 89 pessoas se beneficiaram do esquema criminoso, e é estimado que o esquema causou um rombo de R$ 800 mil aos cofres públicos.

No documento, os investigadores detalham que os suspeitos que comandavam o esquema nomeavam pessoas para cargos dentro da prefeitura, sem mesmo ter competência para executar a função. Algumas dessas pessoas tinham conhecimento do esquema, outras não.