São Jose da prata já foi um povoado bem desenvolvido, segundo moradores antigos, possuindo uma farmácia, uma cadeia, lojas de roupa, mais com a imoralidade e infidelidade religiosa dos moradores um padre lançou uma praga na comunidade ocasionando assim seu declínio. Somente anos mais tarde o bispo Don Jose Geraldo abençoa a comunidade novamente e com isso uma nova igreja foi construída e também uma escola de primeiro grau. O nome do povoado se dá a um fato ocorrido no passado: havia ali uma fazenda chamada fazenda de Maria Juca, em uma época de muita fome esta Maria Juca ajudava pessoas que moravam na mata próxima á fazenda, então ficou conhecida como “se acode” e que por fim ficou sendo “sacode”.

 Essa mesma fazenda foi que originou, em 1809, a fundação do povoado. Com a ajuda da D. Maria, mais e mais pessoas foram se aglomerando em torno da fazenda para procurar trabalho e comida. Os primeiros moradores foram Marciano, Ze´Maria “Nenê Grande”, Marcelino, Geraldo Teixeira de Morais. A Primeira igreja foi construída na primeira metade do Séc. XX foi demolida e uma nova foi feita para o Padroeiro São José.

Organiza-se em torno da rua central é que foi a primeira do Povoado e pela praça da Igreja que é ponto convergente e de encontro da comunidade. Não tem pavimentação nas ruas e  as construções são rústicas, predominantemente de tipologia simples da arquitetura rural, com telhados em madeira roliça e de telha de barro comuns, com duas águas e cumeeira paralela à rua. Na grande maioria, as casas são contíguas, não apresentam afastamentos laterais e de frente, o telhado às vezes se torna único, sobre varias casas. Estas mesmas características também podem ser observadas nas áreas II e IV e são pontos comuns entre as três áreas.

O acervo de bens imateriais é vasto e variado. Os festejos populares são a principal manifestação cultural de são José da Prata, destacando-se as festas Juninas e a festa do Padroeiro. Sua história tem um apelo religioso forte, com culto a santos e imagens sacras e a lenda do padre que excomungou o povoado. Destacam-se as imagens de São Sebastião do inicio do século XX e a de São José com oratório do mesmo período.

A circunvizinhança rural se caracteriza por casas de fazenda com predominância da arquitetura rural mineira, de aspecto rústico e geralmente são construídas em adobe ou enchimento com telhado em madeira roliça e telhas de barro comum tipo capa e canal. Geralmente são orientadas em direção a estrada de rodagem de que guardam sempre um afastamento de segurança, geralmente com arvores frondosas, local onde os visitantes são recebidos.

 

Levantamento Histórico: William Fróis

Texto: Efisio Afonso