Professores de universidades federais estão em greve em Minas Gerais. A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) confirmaram a greve. O número de professores parados não foi divulgado.

De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Ouro Preto (Adufop), os educadores estão com os braços cruzados desde o dia 11 de novembro. Os técnicos e alunos da instituição também estão parados.
Segundo a entidade, as reivindicações são: a defesa do caráter público das universidades federais – contra a privatização de alguns serviços; contra a mercantilização e a privatização da educação; contra a PEC 55; contra a MP 746 – que pretende reformar o ensino médio; e contra as reformas da previdência e trabalhista.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Docentes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (SindiCefet-MG), Antônio Arapiraca, o Cefet-MG possui nove campi no estado e sete fizeram assembleia.

Em cinco cidades – Belo Horizonte (campi I e II), Contagem, Timóteo, Curvelo e Nepomuceno – já aprovaram a greve. Os municípios de Varginha e Divinópolis não aprovaram.

Os campi de Araxá e Leopoldina fazem assembleia nesta quinta-feira (24). Segundo Arapiraca, há indicativo de greve que deve ser deflagrada no dia 28 de novembro, nos campi que já aprovaram o ato.

O Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APU-BH), que representam os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou que a greve foi definida no dia 11 de novembro, mas, de fato, o movimento começou no dia 16.

De acordo com a APU-BH, a greve defende a educação, a saúde, a seguridade social e a manutenção dos direitos constitucionais adquiridos em 1988.

O Sindicato dos Docentes da UFVJM (ADUFVJM) informou que os professores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) estão parados desde 31 de outubro e os técnicos administrativos, desde 7 de novembro. Eles também são contra a PEC 55 e a MP 746.

UEMG
A Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) tem unidades em Belo Horizonte, Ibirité e Poços de Caldas. Os docentes não estão em greve, de acordo com a universidade e com a Associação de Docentes (Aduemg).

A PEC
A proposta de emenda constitucional que limita os gastos públicos é defendida pelo governo como um dos principais mecanismos para garantir o reequilíbrio das contas.

A PEC estabelece que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior, pelas próximas duas décadas.

Se um poder não respeitar esse teto, a PEC prevê sanções, como a proibição de concursos públicos e aumentos a servidores.

Inicialmente, os investimentos em saúde e educação também estavam incluídos no limite de gastos, mas, diante da repercussão negativa da proposta e da pressão de parlamentares da base aliada, o governo concordou em fazer com que o teto para essas duas áreas só passe a valer a partir de 2018.