Itamarandiba-MG

As constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica na cidade motivou uma série de protestos por parte da população  que se vê prejudicada com a precariedade na prestação deste serviço público que é essencial. Há anos a cidade convive com o problema e vem acumulando prejuízos de toda ordem, o que tem impactado diretamente  a vida das pessoas . Apesar de ser um importante município para a gestão territorial em sua região, a cidade segue ainda sem uma subestação de energia da CEMIG, sendo este o principal motivo pela má qualidade do fornecimento elétrico que afeta a localidade. 

Apagões são constantes.

Na cidade, com a mesma pontualidade que se chegam as faturas de cobrança pelo consumo de energia aos consumidores também chegam os apagões e, não raras vezes, repetidamente, em um só dia. Uma situação insustentável que levou os moradores a se mobilizarem na cobrança de ações estruturantes por parte da concessionária, vez que os reparos paliativos na rede de abastecimento não colocaram fim à precariedade do serviço público prestado pela CEMIG. 

Cobranças

Desde o ano passado, moradores, instituições e o Poder Público local têm despreendido uma série de esforços junto a concessionária com a finalidade de sanar o descaso do Governo do Estado na cidade. Justificar o que não carece de justificações tem sido uma tarefa rotineira para a Prefeitura, vereadores e de deputados, nos últimos meses. Ainda em 2012, a Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa-ALMG promoveu reuniões para discutir o problema da falta de energia na cidade. O tema também foi objeto de pronunciamento de parlamentares no Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília. Contudo, a míngua de uma solução definitiva, a insatisfação dos moradores só aumentou com a divulgação, por parte da concessionária, que a instalação de uma subestação de energia somente aconteceria a partir de 2017. 

Municipalidade considerou como discriminatória a falta de investimentos no setor na cidade.

Em recente ofício encaminhado pela Prefeitura à CEMIG, a municipalidade apontou os impactos da falta de energia na economia do município, destacadamente a perda da competividade local na atração de investimentos e um verdadeiro "efeito dominó" na prestação de outros serviços públicos também essenciais, a exemplo, do serviços prestados pela COPASA que necessita de grande força elétrica para captação e distribuição de água; dos serviços hospitalares e da administração da justiça. A municipalidade considerou como discriminatória a forma com que a CEMIG preteriu, por sua logística ao longo dos anos, o município de Itamarandiba. Há subestações em municípios próximos com dinamismo e população bem inferiores ao nosso município, o que amplia as disparidades e desigualdades na região, buscou nesse sentido destacar o governo municipal.

Quadro Crônico de Desatenção e o Anúncio de Novos Investimentos.

Para se ter uma idéia do descalabro do descaso, no Fórum local audiências têm sido interrompidas ou adiadas pela falta de energia; chegando-se ao ponto de uma sentença, que deferia uma indenização por danos pleiteada por um consumidor que sofreu prejuízos em função dos picos de energia, ter sido lavrada manualmente, pois não havia energia no momento. 

Diante do quadro crônico de desatenção, a luz no fim do túnel veio no último dia 12, através de comunicado oficial da CEMIG ao Prefeito Municipal, Sr. Erildo Gomes. A concessionária informou que reconhece, em grande medida, sua culpa pelo transtornos gerados e, por isso, o início das obras de implantação da subestação de energia na cidade será antecipado já para janeiro de 2014, sendo que os recursos da obra já estão assegurados. A previsão é que a cidade passe a ser atendida por tensão de 69 KV, atualmente a cidade é suprida por tensão de 13,8 KV, informou.

A concessionária aproveitou para destacar a importância da Prefeitura para a cooperação em todo o processo de implantação do projeto, especialmente no dialógo com  proprietários de imóveis por onde passará as linhas de transmissão e o futuro local da subestação e, ainda, enfatizou a busca amigável para otimizar o tempo de execução das obras.

População segue inconformada e vai acionar a Concessionária na Justiça.

Em entrevista a emissora Inter TV, afiliada Rede Globo, na data de hoje,  a presidência da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB de Itamarandiba, informou que ainda neste mês uma Ação Civil Pública movida pela Associação Comercial será ajuizada em face da concessionária, em função dos prejuízos acarretados à população pela má qualidade do serviço que vem sendo prestado na cidade. Veja matéria completa clicando aqui.

 

Diário do Jequi/ Itamarandiba.