O Ministério Público do Estado de Minas Gerais acolheu uma ação civil pública contra o ex-prefeito de Timóteo (MG), Geraldo Hilário Torres (PP), por improbidade administrativa, nesta quinta-feira (28). Segundo o MP, em 2008, o então prefeito, que também é médico, teria liberado exames médicos especializados na rede privada à população como forma de alavancar sua campanha à reeleição.

De acordo com a decisão, Geraldo Hilário, terá que ressarcir os cofres públicos de Timóteo por danos causados com autorização de realização de exames de pacientes de planos de saúde e médicos particulares. Com a ação, proferida pelo juiz Rodrigo Antunes Lage, o ex-prefeito terá os direitos políticos suspensos por cinco anos.

A ação determina ainda que ele fique proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios, ou incentivos fiscais, por três anos e ainda precisará ressarcir os danos causados ao município e pagar multa.

No texto da ação civil pública, o MP destaca que "no ano anterior à eleição e nos primeiros meses do ano de 2008, era autorizados de 280 a 300 exames por mês, em média. Apenas no mês de setembro de 2008, às vésperas da eleição, o réu autorizou mais de 1400 exames, conforme retratado nas mais de 150 folhas do Livro de Registro de Exames".

Em nota, a defesa de Geraldo Hilário informou que vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal.