O ato contra o governo deste domingo (15) reuniu centenas de pessoas nas três principais cidades do Vale do Aço. Os manifestantes protestavam contra a corrupção e pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

As principais ruas e avenidas tiveram que ser interditadas, segundo a PM, para garantir a organização das manifestações, que começaram as 9h, com concentração nas principais praças de Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo. Ainda de acordo com a PM, os protestos foram pacíficos e não houve qualquer registro de confusão. Eles terminaram por volta do meio-dia.

Ipatinga
Em Ipatinga, onde foi registrada a maior mobilização, cerca de 500 pessoas de acordo com a Polícia Militar e mil segundo organizadores saíram da Praça dos Três Poderes, no Centro em direção ao Parque Ipanema, de forma pacífica.

Para comandar a passeata, um carro de som foi contratado para guiar os manifestantes pelas ruas da cidade; eles carregavam faixas, cartazes e vestiam camisas com as cores da bandeira do Brasil. Alguns usavam o nariz de palhaço e camisas pedindo a saída de Dilma e do Partido dos Trabalhadores (PT) do governo.

Pelos principais pontos da cidade, a polícia organizou pequenos grupos de militares para manter a ordem. De acordo com o Capitão da PM, Ademir Dias Cardoso, 180 policiais foram convocados para manter a ordem do protesto.

"Organizamos um aparato grande de militares para manter o direito de todos manifestarem, mas garantindo a integridade do patrimônio público e até mesmo a segurança das pessoas envolvidas. Não tivemos até o momento nenhum trabalho, o que parece é que todos vieram pela paz e com objetivo voltado ao manifesto", explicou.

Avenida Magalhães Pinto foi o ponto de encontro dos manifestantes de Coronel Fabriciano (Foto: Patrícia Belo / G1)
Avenida Magalhães Pinto foi o ponto de encontro dos
manifestantes de Coronel Fabriciano

Vestida com uma camisa verde e segurando a bandeira do Brasil, a técnica de Segurança do trabalho, Jussara Justino, disse que não defende nenhum tipo de partido e que o seu objetivo no movimento é mostrar a indignação diante de todos os problemas enfrentados no país.

"Queremos mostrar a nossa indignação e repúdio, acerca da crescente onda de corrupção e impunidade que foi instaurada no nosso país. Não se trata de partido, porque sabemos que tem vários políticos de diversas legendas. O negócio é que não pode continuar como está", disse.

Timóteo
Em Timóteo, até ás 10h30 da manhã, cerca de 100 manifestantes, segundo a organização, se reuniram na Praça do Coreto, no Centro da cidade. A coordenadora do evento, Conceição Dutra Reis, esperava que a manifestação reunisse cerca de mil pessoas ao longo do dia, mas os manifestantes saíram do local no início da tarde. O Major da Polícia Militar, Luiz Magalhães, informou que no momento de maior aglomeração havia cerca de 1,8 mil manifestantes.

Ainda de acordo com a coordenadora, o protesto foi organizado e apoiado por entidades do município, como Associação dos Médicos de Timóteo, que atuam no Hospital Vital Brasil, Lions Clubes,Rotary Clube e entidades religiosas.

"Posso falar por todos os envolvidos, pois são diversas as entidades, mas o nosso objetivo é um só. Queremos mostrar a indignação de todos com a corrupção que está instaurada dentro da Petrobrás e reflete na vida de cada um de nós brasileiros. Me envergonho ao ver o noticiário mostrando tantas coisas ruins acontecendo, e o desespero de todos diante do aumento dos produtos, como gasolina, alimento e luz. Esse é um ato pacífico, mas de extrema importância", relatou.

Fabriciano
A concentração de Fabriciano foi em um ponto da avenida Magalhães Pinto, no Centro da cidade. Apitos e cartazes foram os instrumentos de protesto dos 80 manifestantes que estiveram no local, segundo a PM, e 100 pessoas, segundo os organizadores.

A coordenadora do evento, Gil Costa, diz que o movimento é um espelho dos demais protestos que estão ocorrendo no país. "Representamos em Fabriciano a parcela da população que está insatisfeita com o governo. Queremos o fim desta conrupção", finalizou.