O ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga será o candidato do PSDB ao governo de Minas. No início da semana, o deputado federal Marcus Pestana abriu o caminho para a unificação do partido e o início da construção da campanha do tucano e para trabalharem no projeto Pimenta-Aécio Neves-Anastasia. Assim, os tucanos e aliados já estão na rua para eleger Pimenta da Veiga para o Governo de Minas, o senador Aécio Neves para a Presidência da República e Antonio Anastasia para o Senado.

E a corrida dos tucanos já iniciou com encontro que reuniu prefeitos, vereadores, deputados, além de lideranças comunitárias, em reunião que foi considerada o primeiro ato da pré-campanha pelo Palácio Tiradentes e uma demonstração de unidade do PSDB.
O pré-candidato tucano ficou satisfeito com o resultado do encontro. “Todo mundo animado. Conseguimos incentivá-los para o trabalho. Agora, é gastar sola de sapato”, disse. Pimenta da Veiga pretende fazer dezenas de reuniões no interior do Estado antes do início da campanha eleitoral. No dia 24, ele programou uma audiência pública em Pouso Alegre, no Sul de Minas, para ouvir as pessoas e conhecer as potencialidades e anseios da região. Depois, visitará cidades dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, além do Triângulo Mineiro. “Vamos continuar as viagens pelo Estado inteiro. Vou percorrer Minas Gerais inteira nesta campanha. Quero provocar o debate”, ressaltou.
Pimenta da Veiga elegeu os temas segurança pública, mobilidade urbana, educação, ciência e tecnologia como prioridades. “Incentivar a inovação pode mudar a condição competitiva de Minas Gerais e de suas empresas”, assinalou. Veiga também não poupou críticas ao governo Dilma Rousseff (PT): “Não queremos vencer as eleições por vaidade, mas para corrigir o que está sendo feito no Brasil”, argumentou, ao defender que os mineiros devem garantir a vitória do presidenciável e senador Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais, para que ele chegue à cadeira hoje ocupada pelo PT. 

Aliança – A expectativa no PSDB é de que a candidatura de Pimenta da Veiga receba o apoio de pelo menos outros 20 partidos, muitos deles hoje da base do governo Anastasia. Embora PMDB e PSB estejam em plena articulação política para lançar candidatos próprios à sucessão estadual – como senador Clésio Andrade e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, respectivamente –, os tucanos admitem que ainda não desistiram de ter as duas legendas ao seu lado em outubro.
O PSB, hoje, faz parte do governo estadual, com o comando das secretarias de Educação e Esportes e Turismo. Já o PMDB tem uma postura de independência na Assembleia Legislativa, mas, no plano nacional, está ao lado da presidente Dilma Rousseff, o que pode determinar uma aproximação em Minas com a candidatura a governador do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. “O natural será o PSB somar conosco, e o PMDB está num momento de decisão interna e respeito as decisões partidárias. Já construímos uma grande aliança e, se pudermos somar outras, haveremos de fazer todos os esforços para isso”, afirmou Pestana, que também preside o PSDB mineiro e lidera as conversas com as legendas.