Com sua arquitetura eclética de 1929 e seu acervo mobiliário e Sacro é a primeira fazenda a ter energia hidráulica no Vale do Jequitinhonha, foi lugar de concentração de moradores em busca de informações durante a segunda guerra mundial e  sempre pertenceu a mesma família há varias gerações. Firmiano Alves Torres e Maria Florentina Lacerda Torres foram seus primeiros moradores.

Como não haviam igrejas e nem capelas próximas, era normal que nas fazendas existissem oratórios dentro das casas e numa sala especial e isso quando o próprio fazendeiro não construída na propriedade o seu próprio templo para que a comunidade orasse aos domingos e ali realizassem batizados e casamentos. Por esse motivo, possivelmente nesse acervo devem existir bens de natureza religiosa e de usos domésticos como oratórios, crucifixos, candelabros, imagens de santos, baús, fotografias e livros de registro.

A fazenda Currais possui um variado e rico acervo de bens móveis que vão desde mobiliários, ate imaginarias e utensílio de uso domestico. A própria casa da fazenda é um valioso exemplar da arquitetura colonial rural da primeira metade do século XX.

Varias pequenas comunidades se espalham pela Zona Rural e toda fazem parte da área a ser inventariada. A mais importante delas é a comunidade da Fazenda Gentil (córrego sapata) que teve sua ocupação por volta de 1948 com a construção da  primeira casa do Sr. Felismino Rodrigues dos Santos. Logo em seguida foi construída a primeira igreja de Nossa Senhora Aparecida.

Tais características tornam a zona rural distinta em organização e evolução das outras áreas com características mais urbanas, principalmente a área I que era o centro comercial, social e político de todo o território e em relação ás áreas II e III que já possuem um mínimo de organização sócio-urbana.

 

William Fróis

Agente cultural de Almenara 2012.