Após o período das convenções partidárias, exatamente no dia 15 de agosto, começará a corrida eleitoral em todo o território nacional. Diante das propostas, o eleitor escolherá quem melhor lhe representará nas esferas públicas. Diferente das demais campanhas, esta terá novas regras.

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Serão várias as diferenças entre a eleição geral de 2018 e sua antecessora, em 2014. A começar pela duração: o período de propaganda eleitoral caiu de três meses para apenas 45 dias. Este período mais curto já foi testado na eleição municipal de 2016. Mas vai ser uma novidade na eleição geral. O eleitor será afetado, porque não verá propaganda eleitoral nas ruas. Vai ser limitada a campanha. A propaganda eleitoral estará mais tímida. Não teremos mais placas dispostas na rua, só adesivos de até meio metro quadrado (nos prédios), bandeiras e impressos. Então tudo isso impacta para o eleitor, no sentido de que ele não vai 'ver' a eleição passar “fisicamente”.

O GOLPE

Outro fator muito importante a ser considerado nestas novas regras, é que os candidatos não terão tempo de estarem em todos os lugares que, possivelmente, ganhariam votos. Assim, a corrida torna-se mais intensa e com mais “estratégias” para se chegar ao pleito. A solução encontrada pelos partidos para que os candidatos de nomes estabelecidos não fiquem prejudicados é lançar o maior número de candidatos pelo partido, mesmo que alguns nomes virem até piadas, mas assim os votos serão jogados para a legenda favorecendo os mais votados. É o que chamamos de “escadinha eleitoral”.

Com esta nova jogada já é possível ver nomes de pessoas que não tem as mínimas condições de serem vereadores, terem os nomes lançados como deputados, senadores, governadores e, se brincarem, até presidente da república. Mas claro, tudo isso com uma estratégia muito bem elaboradas. Por que se cada candidato conseguir os votos dos mais próximos, terá ele colocado em prática o efeito redemoinho — sai catando tudo que acha para levar para o centro —, ou seja, para os “grandes”.

EFEITO REBOUND

Este fato a longo prazo é uma tragédia para o avanço de cidades menores do interior. Uma vez que estes votos jamais serão considerados pois, foram “roubados” e não terá o retorno esperado já que quem levou a melhor com eles nem mesmo conhece quem votou. Este efeito “rebound” já é conhecido na política brasileira. Mesmo que as novas regras tentaram diminuir seus efeitos, os partidos encontram um meio para driblar o sistema. Por isso vamos ter mais candidatos do que eleitores em 2018.

VOTOS E AS EMENDAS PARLAMENTARES

Uma forma do eleitor receber um retorno do voto que deu ao candidato são as emendas parlamentares. Por meio delas vários serviços são prestados e melhorados nos municípios. Mas vale lembrar que, os candidatos destinam a maior quantidade de recursos para onde também tiveram a maior contingência de votos. Assim, se as cidades menores não se unirem em todo de um projeto e um candidato em cada esfera ela mesma estará dando um tiro no próprio pé. Ai, meu amigo, não vai ter choro que resolva este problema. Então, a solução agora é: ouça o prefeito da sua cidade, veja quais são seus candidatos e apoiem estes candidatos porque só assim sua cidade vai crescer. O que passar disto é interesse pessoal.