As vagas disponibilizadas pelas empresas nos postos 134 postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine), em Minas Gerais, alcançaram um aproveitamento de 26,3% em 2018. Os dados são a Base de Gestão do Sine, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), coordenado em Minas pela Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese).

Para se ter uma ideia, de janeiro de março de 2017, das 15.004 vagas ofertadas nas unidades do Sine, houve a colocação de 8.554 trabalhadores (aproveitamento de 57%). Já neste ano, no mesmo período, das 14.664 disponibilizadas, 10.570 foram ocupadas (aproveitamento de 72%). Em números absolutos, o resultado representa um crescimento de 23% no total de pessoas que conseguiram ingressar ou retornar ao mercado de trabalho.

Os setores que registraram maior crescimento nas oportunidades de emprego no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, foram agropecuária (835), indústria (2.846), construção civil (4.862) e a administração pública (76). Nos três primeiros meses de 2017, as oportunidades de emprego nesses segmentos foram de 815, 2.198, 1.983 e 55, respectivamente.

Foco no mercado de trabalho

Além da emissão de carteira de trabalho e acesso ao seguro desemprego, os postos do Sine em Minas têm buscado garantir maior empregabilidade, com o oferecimento de cursos de capacitação para facilitar o acesso dos trabalhadores ao concorrido mercado de trabalho. 

Como estratégia de fortalecimento, a Sedese tem implementado também nas unidades do Sine em Minas o Projeto Busca Ativa, que busca parcerias com as empresas, de forma a minimizar os efeitos do desemprego no estado. Idealizado por servidores da secretaria, o Busca Ativa conquistou o segundo lugar no Prêmio Inova Minas, em 2016, na categoria “Inovação e Melhoria de Processos/Ideias Inovadoras Implementáveis”.

Com metodologia desenvolvida pela Diretoria de Desenvolvimento de Políticas para Inclusão ao Emprego da Sedese, o Busca Ativa identifica setores da economia e empresas com probabilidade de disponibilização de vagas, por meio do movimento de trabalhadores admitidos e desligados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e de dados cadastrais de pessoas jurídicas contribuintes do ICMS no Estado.

A partir do cruzamento desses dados, são produzidos boletins mensais com informações sobre o mercado de trabalho e uma lista de empresas que podem vir a contratar. Esse material é enviado aos 134 postos do Sine. Com o relatório em mãos, as equipes dos Sine vão em busca das oportunidades de trabalho identificadas, potencializando assim a geração de emprego nos municípios ou regiões. Esses contatos são feitos por meio de visitas aos estabelecimentos ou por telefone.

Com o Busca Ativa, o Sine deixa de receber apenas as ofertas vindas espontaneamente das empresas. Por meio dessa ferramenta, aumenta-se a proximidade dos empregadores com o banco de vagas de emprego. Dessa forma, com empresários fidelizados, as unidades passam a se destacar como importantes intermediadoras de mão de obra. Já para os trabalhadores que procuram o Sine, o Busca Ativa garante um aumento das chances de obtenção de vagas de emprego.

Recuo em alguns segmentos

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desemprego no país atingiu 13,1% no primeiro trimestre deste ano, a maior taxa trimestral desde maio do ano passado, quando a taxa alcançou 13,3%. Em números absolutos, eram 13,7 milhões de pessoas desocupadas de janeiro a março deste ano.

Dentro desse contexto, os dados da Base de Gestão do Sine do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),  também registraram um recuo no número de postos de trabalho em alguns segmentos, no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Foram eles: comércio (3.138 ante 3.251), informação e comunicação (120 ante 516) e financeiro (59 ante 93).