Os problemas de infraestrutura – sempre presentes no debate, sobretudo em tempos de discussão sobre o teto de gastos públicos e reformas econômicas – me fazem lembrar a última passagem pelo antigo distrito almenarense, que ora trago à tona por ocasião do retorno a esta coluna do Diário do Jequi.

Por oportuno, Pedra Grande é o exato local em que se dá a interrupção da BR 251 no nordeste mineiro.  Com 1.520 quilômetros de extensão, esta rodovia federal foi projetada para ligar a região centro-oeste, partindo de Cuiabá-MT até Ilhéus (BA).

Assim, a implantação do trecho entre Pedra Grande, passando pela cidade de Bandeira, até a divisa de Minas com Bahia, asseguraria a interligação do norte de Minas com o porto de Ilhéus no sul da Bahia. Junta-se a isto a melhoria das condições de tráfego entre Unaí e Montes Claros, o que resultaria na conclusão da única rodovia transversal do país que corta o Distrito Federal, encurtando bastante sua distância até o litoral.  

De volta a passagem por Pedra Grande – ocasião que adentrei até as margens do Córrego São Francisco (afluente à margem esquerda do Rio Jequitinhonha) –, ao colocar-me sobre a ponte que faz a ligação do lugar com Divisópolis, deparei-me com um belo e bucólico cenário.

De fato, às margens do córrego, as duas formações rochosas – que conferem o nome ao lugar – guardam especial singularidade.  Soma-se o casario em estilo colonial rural, com destaque para a singela Igreja de Bom Jesus na praça principal, o que compõe um sítio urbano de incontestável beleza.

O bucolismo apercebido por mim fica por conta das crianças, que se banhavam nas águas do córrego, refrescando-se do intenso calor daquele verão da temporada 2014-2015.

Por fim, a melhoria das condições gerais de infraestrutura mantém-se como um dos desafios a serem superados pelo país – também e sobretudo pelo Vale do Jequitinhonha, que já não se pode esperar mais por tanto tempo!