Cerca de duas mil pessoas de diversos movimentos sociais que seguiam pela Marcha pela Democracia, de Ouro Preto à Belo Horizonte, foram acolhidas pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, no Palácio da Liberdade, na tarde desta terça-feira (26/4). Eles apresentaram diversas demandas populares ao governador, que recebeu uma comissão de integrantes dos grupos sociais.

"O governo de Minas Gerais abriu as portas do Palácio da Liberdade para os movimentos sociais. Fizemos uma reunião com seus representantes para ouvir as demandas e reforçar um canal de diálogo permanente com os movimentos”, afirmou Pimentel.

Entre as principais demandas apresentadas pela Frente Brasil Popular de Minas Gerais, composta por diversos movimentos sociais, sindicais e de classe, estão a defesa da democracia e a participação popular na administração pública.

O governador colocou na mesa a proposta de criação de uma comissão permanente de diálogo entre o governo do Estado e a sociedade. Uma das principais ações da atual gestão estadual é exatamente a criação dos fóruns regionais de governo, que já ouviu as demandas da população em todas as regiões do estado – e que, na etapa atual, começa a dar respostas à sociedade.

“A governabilidade se constrói na participação popular. E é isso que nós viemos aqui legitimamente discutir. Abrir o Palácio da Liberdade para trabalhadores sem-terra e receber diversas organizações foi uma sinalização importante. Os movimentos também deram a sinalização de que continuarão a sua luta independentemente da agenda do governo, mas que é muito importante que o governo se some a essa tarefa da defesa da democracia”, disse, em entrevista à imprensa, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidente da Central Única dos Trabalhadores/Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira.

Marcha

A Marcha pela Democracia saiu de Ouro Preto no dia 21 de abril, com destino a Belo Horizonte, quando foram recebidos no Palácio da Liberdade. “Começamos uma marcha da Frente Brasil Popular com o objetivo de defender a democracia brasileira e o Estado Democrático atual, e apresentar as pautas populares ao governo do Estado. Esse objetivo foi concluído com a chegada aqui no Palácio da Liberdade, com o acolhimento da marcha”, afirmou Joceli Andreoli, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).