Produtores rurais de Leme do Prado, no Vale do Jequitinhonha, resolveram diversificar a produção, em busca de um resultado mais satisfatório. Com a ajuda de técnicos da EMATER-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais), decidiram investir na piscicultura. O investimento tem dado resultados, pois além de completar a renda familiar, contribuiu também para uma melhora da qualidade de vida.

Tudo teve inicio em 2012, quando extensionistas da EMATER sugeriram que os agricultores familiares investissem na criação de peixes. Quinze famílias filiadas à APROMAM (Associação dos Produtores Rurais, Agricultores Familiares e Aquicultores de Mandassaia) compraram a ideia. Inicialmente, a proposta era criar uma nova fonte de renda e de empregos para a região, já que muitos agricultores, sem emprego, migravam para as colheitas de café.

A Prefeitura de Leme do Prado apoiou a iniciativa, com a construção de estradas e apoio logístico. A EMATER, por sua vez, ofereceu suporte técnico, ensinando aos agricultores como montar os tanques redes.

A APROMAM, por meio do programa minas sem fome, recebeu 39 tanques e, depois, recebeu mais 15, totalizando 54 instalados.

Os tanques, instalados na Usina Hidrelétrica de Irapé, comportam 600 peixes para engorda. O coordenador geral da EMATER, Inácio Oliveira, destacou que a instalação dos tanques gerou alimentos, emprego e renda, sem afetar a vida das populações ribeirinhas.

Com o sucesso da iniciativa, outras duas associações foram criadas especialmente para a piscicultura: a Associação de Piscicultores do Distrito de Posses e a Associação de Piscicultores do Quilombo Boa Sorte. Somando a produção das três associações, chega-se ao numero de 400 quilos por tanque.