O Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Reis Filho, participou nesta segunda-feira (8) do lançamento oficial da Semana Internacional do Café (SIC).  Com o encontro realizado na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e parceiros dão início aos arremates finais para a realização da SIC, maior evento do setor cafeeiro no País. A Semana Internacional do Café será realizada de 24 a 26 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte, por meio da Seapa em parceria com a Faemg, o Sebrae e a Café Editora.

Durante o encontro, João Cruz ressaltou a importância do evento para dar visibilidade internacional ao produto, um dos mais importantes para a economia mineira, já que o café é o segundo mais exportado do Estado, atrás apenas do minério.  “E sabemos que a mineração é um recurso natural finito. Nossa cafeicultura, se bem cuidada, com sustentabilidade, não me surpreenderia se daqui a alguns anos fizesse o café voltar a ser o principal produto da pauta de exportações do Estado, como foi outrora”, observou o secretário.

João Cruz salientou que o governo mineiro tem uma série de políticas públicas para impulsionar o setor, desde o fomento à própria agricultura cafeeira por meio de projetos coordenados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater- MG), até programas para agregar valor ao produto, como o Certifica Minas Café, por meio do qual os cafeicultores podem obter também a certificação internacional 4C. “Agora, todos os produtores mineiros poderão vender para os maiores compradores do mundo por meio do programa estadual”, afirmou.

Mapeamento

O secretário aproveitou ainda o lançamento da SIC para confirmar para os próximos meses a realização do georreferencimento do café mineiro, uma das mais antigas reivindicações do setor. Segundo João Cruz, já estão garantidos R$ 5 milhões por parte da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) para a realização do mapeamento, que permitirá um conhecimento detalhado do parque cafeeiro do Estado. “Poderemos falar de verdade quantos cafeicultores temos em Minas Gerais, em quais municípios, as variedades plantadas e o tamanho das áreas”, declarou o secretário. “Queremos chegar à correlação da qualidade da bebida com a variedade de café e a região de plantio. É um grande projeto que vai ser base para todo o planejamento de políticas públicas nos próximos anos”, completou.

Para o presidente da Faemg, o projeto é “muito oportuno” porque hoje há apenas estimativas a respeito do parque cafeeiro de Minas. “Vai nos ajudar numa previsão de safra mais eficiente. Então, vai conduzir a políticas muito mais acertadas, baseadas nestes dados. Quantos (cafeicultores) são, em que regiões estão e qual a qualidade dos produtos. Você terá uma radiografia nas mãos que dá condições de planejar melhor a cafeicultura”, acrescentou.