Em uma das situações ele teria chegado a tirar o órgão sexual para fora e tentou fazer sexo com uma dessas mulheres”, contou o delegado, acrescentando que o ginecologista também não permitia a entrada de enfermeiros e acompanhantes durante as consultas.

Diante dos fatos, o médico deverá responder pelo crime de “Violação sexual mediante fraude”, previsto no artigo 215 do Código Penal Brasileiro. “É importante dizer que outras vítimas vejam e possam procurar a polícia também. A prática que ele fez é criminosa e temos provas testemunhais muito contundentes”, disse o delegado.

Ainda segundo o delegado, em seu primeiro depoimento, o médico se mostrou surpreso com a prisão e negou os abusos. Na cidade, ele trabalhava em uma clínica própria e também em um hospital da cidade. A reportagem procurou a direção da unidade para se pronunciar sobre o assunto, mas ainda não obteve resposta.

Defesa

O advogado de defesa do médico, que não quis ter o nome divulgado, informou que já entrou com um pedido de revogação da prisão ou a substituição por uma das medidas cautelares previstas no código de processo penal, e que que ainda não vai se pronunciar sobre o caso, uma vez que o inquérito só foi fornecido no final da tarde desta segunda-feira (20), portanto ainda não havia tomado conhecimento completo acerca do fato.

Ainda segundo a defesa, algumas notícias veiculadas causaram estranheza, uma vez que o inquérito ainda está em tramitação, mas que o médico sequer figura como indiciado, apenas investigado, e que confia plenamente na inocência do suspeito, haja vista a manifestação e a comoção da população a favor dele.