Um crime brutal chocou moradores de Rio Pardo de Minas, no Vale do Jequitinhonha, nessa terça-feira (30). Uma mulher de 35 anos foi assassinada no meio da rua a golpes de facão pelo cunhado. O homem foi preso em flagrante.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, testemunhas contaram aos policiais que Ilza Dias Almeida entrou em uma farmácia, localizada na avenida Domingos Português, no bairro Cidade, com o celular na mão.

Ela tinha a intenção de denunciar o cunhado após um desentendimento.

Porém, o homem também de 35 anos entrou no estabelecimento e começou a perseguir a vítima com um facão.

A dona de casa tentou se esconder atrás do balcão, mas foi atingida por três golpes. Em seguida, o suspeito arrastou a cunhada pelos cabelos até o meio da rua e a agrediu mais seis vezes. O criminoso ainda tentou cortar a garganta da mulher.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Populares que tentaram ajudar Ilza foram impedidos pelo agressor, que também ameaçou as outras pessoas com a arma. O bandido só foi contido depois da chegada de um policial militar, civil e um agente penitenciário.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Luís Cláudio Freitas do Nascimento, o homem confessou o crime e não demonstrou arrependimento. “Em data anterior, a Ilza e o irmão dele, que eram casados, tiveram um desentendimento e ele tomou as dores do irmão e resolveu se vingar”, explicou o delegado.

O agressor já tinha antecedentes criminais por ameaçar mulheres na cidade, mas não chegou a ser preso. “Ele tentava manter uma amizade, mas, se fosse contrariado, ameaçava a pessoa de morte”, disse Nascimento.

Ele foi encaminhado à delegacia da cidade e vai responder por homicídio qualificado, com as agravantes de motivo fútil e emprego de recurso que tornou impossível a defesa da vítima. Caso seja condenado, o homem pode pegar, no mínimo, 12 anos de prisão.

Suspeito é violento

O agressor é conhecido na cidade pelo seu comportamento violento. Ele já teria ameaçado várias pessoas. “Dizem que ele tem problemas mentais. Ele morava com o pai, mas vivia na rua conversando sozinho pela cidade”, contou um vizinho que pediu para não ter o nome revelado.

Conforme o morador, o crime deixou os moradores assutados. “Foi no meio do dia e todo mundo viu. A Ilza era uma pessoa tranquila e, agora, os seus dois filhos pequenos ficaram órfãos”, disse o homem.

Em relação às informações que o suspeito teria problemas mentais, o delegado informou que não há nenhuma prova. “Ninguém da família apresentou um laudo médico para confirmar os problemas psicológicos dele. Portanto, ele vai responder como um cidadão comum que estava ciente dos seus atos”, finalizou Nascimento.