Em todo o estado, trabalhadores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) retomaram, nessa quarta-feira (20), a greve iniciada na semana passada. Um protesto também foi realizado em frente ao escritório da companhia , no centro da cidade de Almenara no Vale do Jequitinhonha. Os empregados da empresa afirmaram que manterão a paralisação, por tempo indeterminado. Eles reivindicam melhorias de salário e condições de serviço.

Em nota, a Copasa informou que, apesar da greve parcial dos trabalhadores, todos os serviços essenciais foram prestados com normalidade e sem causar transtornos aos clientes. “O atendimento está sendo feito normalmente por meio do telefone 115 ou da Agência Virtual disponível na página da empresa na internet (www.copasa.com.br)”, reiterou o comunicado.

A paralisação da categoria no estado teve ato mais expressivo em Belo Horizonte. Nessa quarta-feira, centenas de pessoas fecharam a BR-365, na altura do bairro Belvedere, Região Centro-Sul da capital, enquanto marchavam até à avenida Nossa Senhora do Carmo, de onde seguiram até a sede da empresa, no bairro Santo Antônio. O fechamento da rodovia provocou congestionamento e lentidão no trânsito.

No Vale do Aço, cerca de 60 funcionários participaram dos atos, conforme informações dos grevistas. Em função do envolvimento com a mobilização, diretores do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua-MG) não contabilizaram os municípios que aderiram ao protesto de ontem, tampouco a quantidade de empregados parados.

A categoria, conforme o diretor de comunicação Rogério Matos, reivindica 3,85% de ganho real nos salários e melhores condições de trabalho. A Copasa mantém a proposta pelo INPC de 5,82% nos salários e 10% nos tíquetes-refeição.

A greve foi iniciada no dia 12 de agosto. O sindicato afirma que, no dia 14, por sua vez, foi realizada uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), envolvendo representantes das duas partes. Nessa data, os trabalhadores decidiram interromper a paralisação. Sem outra contraproposta, os empregados de diversos setores da concessionária decidiram retomar a greve, ontem. “Reafirmamos à população: os serviços não serão prejudicados. Entendemos que saneamento é saúde e com isso não se mexe”, resume Rogério Matos.