Após obter autorização judicial para cumprir o restante de sua pena em regime semiaberto, Suzane von Richthofen, de 30 anos, voltou atrás e pediu à Justiça para continuar presa em regime fechado.

Condenada a 38 anos e seis meses de prisão pela morte dos pais (Marísia e Manfred), em outubro de 2002, Suzane já cumpriu cerca de 12 anos de prisão em regime fechado. Ela está presa em Tremembé, no interior paulista.

A juíza Sueli de Oliveira Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, ainda não analisou o novo pedido de Suzane. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, a manifestação foi feita pela própria condenada, sem intermediação de advogados.

O motivo alegado por ela é de que "pretende continuar o trabalho na oficina da Funap, pois necessita da remição e do salário das atividades", segundo o portal G1.

A remição de uma pena é um instituto previsto em lei quando se dá como cumprida parte da pena por meio do trabalho ou do estudo do condenado. Assim, ao estudar ou trabalhar, o condenado diminui o tempo de duração de sua pena – em um dia para cada 12 horas de frequência escolar ou um dia para cada três dias de trabalho.

Além disso, sabe-se que Suzane mantém um bom convívio com as demais presas e que já trabalha no presídio de Tremembé. A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Suzane, Denivaldo Barni, na tarde desta terça-feira (19).

Progressão

Caso ainda vá para o semiaberto, Suzane ganhará o direito de passar temporadas fora da prisão, as chamadas saídas temporárias, como no Dia dos Pais, no Dia das Mães e nos finais de ano.
Nesse regime o preso pode ainda sair de dia para trabalhar, desde que esteja formalmente empregado e tenha autorização da Justiça.

Na decisão da semana passada, que autorizou a progressão da pena, a juíza afirmou que Suzane "encontra-se presa há aproximadamente 12 anos, não apresenta anotação de infração disciplinar ou qualquer outro fator desabonador em seu histórico prisional". A defesa de Suzane tentava sua transferência para o semiaberto desde 2009.