Nesta terça-feira, 7/7/20, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Delegacia de Polícia Civil de Medina, com apoio da Delegacia Regional de Pedra Azul, deflagrou a Operação "Andrógina", com vistas à repressão qualificada aos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico nas cidades de Medina, Pedra Azul, Cachoeira de Pajeú, Itaobim e demais cidades do Médio Jequitinhonha, culminando na prisão de dois homens, de 22 e 39 anos, em Medina e Cachoeira de Pajeú. 

A Operação "Andrógina" é resultado de investigações da Delegacia de Polícia Civil de Medina, com apoio do Núcleo Estratégico de Investigação Policial da Delegacia Regional de Pedra Azul. 

As investigações duraram cerca de dez meses. Concluída essa fase, a PCMG representou ao Poder Judiciário pela expedição de mandados de busca e apreensão bem como prisão preventiva dos alvos, que foram deferidas, após manifestação favorável do Ministério Público. 

Na casa do alvo de 39 anos, em Cachoeira de Pajeú, apontado como maior distribuidor de drogas das cidades do Médio Jequitinhonha, foram apreendidos quase 1kg de cocaína, 110 g de maconha, 54 pinos de cocaína, vários pinos vazios, duas balanças de precisão, aproximadamente R$ 5.000,00, três talões de cheque, três cartões de conta bancária, um rifle calibre .22, quatorze munições calibre .22, sete munições calibre .380, uma luneta, uma mira, dois rádios comunicadores,  uma televisão LG 65", relógios, semi jóias e dois veículos, além de anotações para o tráfico que demonstram uma grande movimentação do investigado, com distribuição de drogas para várias cidades do Médio Jequitinhonha e até do Baixo Jequitinhonha. 

Ele tem passagens por homicídio, ocultação de cadáver, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo, dentre outros. 

A cocaína apreendida na casa do alvo é de origem boliviana, considerada rara, cujo quilo, depois de batizado, pode render nas ruas até R$ 300.000,00. 

Após autuado em flagrante delito pela prática do crime de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo, bem como formalizado o cumprimento do mandado de prisão preventiva, o preso foi encaminhado ao Sistema Prisional. 

Em diligências complementares, a PCMG localizou duas áreas apontadas como utilizadas pelo alvo para armazenamento de drogas, logrando êxito na apreensão de mais 15 barras de maconha, que pesam cerca de 10 kg, e uma balança de precisão. 

O outro alvo da operação, da cidade de Medina, que já se encontrava preso preventivamente pela prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, teve mais essa prisão preventiva formalizada nos sistemas policiais. 

O nome da Operação, "Andrógina", faz referência a um detalhe que chamou a atenção no início das investigações, notadamente o fato do contato do alvo apontado como maior fornecedor de drogas da região estar registrado no celular de um dos investigados como se fosse uma mulher, certamente na intenção de dissimular a sua real identidade. 

A Operação "Andrógina" e seus desdobramentos representam um forte e contundente golpe no tráfico de drogas na região do Médio Jequitinhonha, e as investigações prosseguem com vistas à erradicação dessa modalidade criminosa que fomenta os demais delitos e causa intensa perturbação social.