Uma onça-parda foi capturada dentro de uma escola no fim da tarde desta terça-feira (9), em Ipatinga (MG), no bairro Caravelas. A operação para pegar o animal teve dois momentos e envolveu 12 militares da Polícia Militar de Meio Ambiente e Corpo de Bombeiros, além de uma equipe do Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus).

No período da manhã, o animal invadiu uma casa no bairro Veneza e ficou dentro de uma casinha para cachorro. A onça-parda fugiu antes da chegada da polícia e dos bombeiros.

No início da tarde, moradores do bairro Caravelas viram o animal próximo à escola e acionaram as autoridades novamente.

Uma multidão acompanhou o trabalho de captura dentro da instituição. A equipe envolvida na operação conseguiu prender a onça em um beco e, após muitas tentativas, conseguiram sedá-la para que fosse colocada dentro de uma jaula.

"Nós fomos procurando a onça pelos quintais das residências do bairro quando foi avistada. Tentamos capturar com ajuda da Polícia Militar de Meio Ambiente e veterinários da Usipa. Após algumas horas de busca, ela entrou em uma escola e conseguimos pegá-la com ajuda de sedativo e colocamos em uma gaiola", explicou o tenente Vitor César Martins.

Segundo as equipes envolvidas no processo de captura, há a suspeita de que ela tenha usado um corredor de mata para chegar até à escola.

“Deu pra você que é um animal bonito. Pela dentição aparenta ser jovem, da natureza. Nós temos dois resquícios de mata próximos aos bairros e esses animais saem para buscar comida. As onças delimitam território de caça muito grande e com essa urbanização desenfreada acontecem ocorrências assim”, explicou o veterinário Lélio Costa e Silva que acompanhou a operação.
Apesar do susto, ninguém ficou ferido. O Corpo de Bombeiros faz um alerta para que, em casos como esse, as pessoas não se aproximem do animal e liguem para o 193.

O animal silvestre foi levado ao Cebus, onde passará por avaliação antes de ser liberado em um local a ser definido pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF).

"Numa primeira avaliação a gente percebe um animal que está com uma condição de estresse muito grande. É um momento de muito cuidado, porque nesse manejo o animal pode ter uma parada cardiorrespiratória, pode ter alguns problemas", explicou Lélio.