A Polícia Civil concluiu nesta quinta-feira (1º) o inquérito do assassinato do prefeito de Naque, Hélio Pinto de Carvalho, morto a tiros pelo vereador Marcos Alves de Lima (PSDC) no dia 13 de julho. Segundo a PC, o vereador foi indiciado por homicídio qualificado, impossibilitando a vítima de se defender dos tiros. O motivo do crime foi descrito como fútil e premeditado.

No dia 23 de julho a PC realizou a reconstituição do crime, mas Marcos Alves de Lima não esteve presente. Na ocasião, a defesa informou que o vereador não era obrigado a produzir provas contra ele mesmo. O G1 tentou contato com o advogado do vereador nesta quinta-feira, mas as ligações não foram atendidas. Marcos Alves de Lima está preso em Açucena.

Entenda do caso

O prefeito de Naque, Hélio Pinto de Carvalho, morreu no sábado (13) após ser atingido por seis disparos feitos pelo vereador Marcos Alves de Lima (PSDC). Os dois discutiram na zona rural do município, em um terreno que pertence à prefeitura e é vizinho de uma propriedade do vereador.

Testemunhas disseram à PM que a discussão estava relacionada a uma cerca que divide as propriedades. Após os disparos, o prefeito foi socorrido para o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, mas não resistiu. O corpo dele foi enterrado no dia 14, em Governador Valadares.

Após o crime, o vereador foi preso em Governador Valadares. Ele alega que disparou para se defender após ter sido agredido a chicotadas pelo prefeito. Ele foi ouvido na Delegacia Civil e foi encaminhado para o presídio da cidade. No domingo (14), Marcos Alves de Lima foi solto do presídio durante a audiência de custódia, onde o juiz de plantão entendeu que o vereador era réu primário e não oferecia risco para a população, segundo o advogado Evaldo Braga da Silva.

No dia 16 de julho, Marcos Alves de Lima foi novamente preso, durante o cumprimento de mandado da Justiça. Ele estava na casa de familiares, em Vitória, no Espírito Santo. O vereador foi transferido para o presídio de Açucena no dia 19.