Familiares, políticos, amigos e moradores de Naque, Vale do Aço, acompanham na manhã deste domingo (14) o velório de Hélio Pinto de Carvalho, 55 anos, prefeito do município. Ele foi morto a tiros por disparos feitos pelo vereador Marcos Alves de Lima (PSDC) durante uma discussão em um terreno da prefeitura, na zona rural. Hélio Pinto deixa quatro filhos e esposa.

O velório na Câmara Municipal de Naque começou na noite desse sábado (13) marcado pela tristeza e perplexidade dos presentes com o crime. Todos que foram se despedir do político destacavam que o prefeito era uma pessoa pacífica, adepta do diálogo e trabalhadora.

“Nunca soube ser agressivo com ninguém, era uma pessoa que tinha total liberdade da gente conversar, se expressar com ele. Há poucos dias viajamos para Belo Horizonte em busca de benefícios para a cidade. Voltamos cheios de planos, de projetos e infelizmente uma ação bruta, um momento trágico interrompeu a vida do nosso prefeito”, afirmou o vereador Ademir Caetano Matias (PTB).

Para a família, o sentimento de perda é acompanhado pelo desejo de justiça. A irmã, Madalena Pimenta, conta que sempre testemunhou o carinho da população para com Hélio e desconhecia que ele tivesse inimigos.

“A gente nunca soube que ele tivesse nenhum inimigo. Ele nunca foi uma pessoa que fez mal a ninguém, nunca falou mal dessa pessoa para nós que somos da família. Então a gente ficou realmente muito surpresa que aconteceu isso com ele e eu tenho certeza que a justiça vai ser feita. Ele foi vítima de uma inveja, era um homem do povo. A bondade e o carisma dele que incomodava a ponto da pessoa destruir a vida dele”, disse a irmã.

O velório na Câmara Municipal de Naque vai até às 14h. Logo após, o corpo de Hélio Pinto de Carvalho será levado para Governador Valadares, onde será enterrado às 16h no Cemitério Memorial Park.

 
Investigações
Em nota na manhã deste domingo, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que as investigações do caso estão em andamento, sob a responsabilidade da Delegacia Regional de Ipatinga. Ainda segundo a PC, testemunhas já foram ouvidas e o inquérito segue aberto.