A cidade de Almenara, no Vale do Jequitinhonha, registra um fato muito preocupante: pessoas estão acampadas em frente ao Sine (Sistema Nacional de Emprego) na esperança de surgir uma vaga de emprego. Mesmo depois de fazerem o cadastro e serem informadas que não há vagas, pessoas permanecem no local. 

Já são meses nessa mesma rotina no local. Os servidores quando chegam para trabalhar, uma enorme vila está formada em busca de informações sobre oportunidade de trabalho. São diversos pais de família em busca de uma oportunidade. 

Taxa de desemprego é de 13,6% no trimestre finalizado em abril

O desemprego ficou em 13,6% no trimestre de fevereiro a abril, segundo dados divulgados pesquisa Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, o contingente de desempregados ficou em 14 milhões.

Segundo o IBGE, esta é a maior taxa de desocupação do trimestre terminado em abril desde 2012, quando foi de 7,8%.

No primeiro trimestre deste ano, a taxa foi de 13,7%. Na comparação com o mesmo período de 2016, quando a taxa foi de 11,2%, o quadro foi de acréscimo de 2,4 pontos percentuais. Na comparação com o trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, a taxa de desocupação cresceu um ponto percentual.

Também aumentou a população desocupada. O crescimento foi de 8,7% em relação ao trimestre de novembro a janeiro e de 23,1% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Isso significa que há 1,1 milhões de pessoas na fila por emprego a mais que em janeiro e 2,6 milhões a mais que em abril do ano passado.

Segundo o IBGE, o avanço do desemprego é acompanhado pela queda no número de pessoas ocupadas. No trimestre terminado em abril havia 89,2 milhões de pessoas ocupadas no país — 700 mil pessoas a menos ocupando postos de trabalho que no trimestre terminado em janeiro e 1,4 milhões a menos que no trimestre terminado em abril do ano passado. A queda foi de, respectivamente, 0,7% e 1,5%.

O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, estimado em 33,3 milhões de pessoas, caiu 1,7% na comparação com trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017 (menos 572 mil pessoas). Frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2017, houve queda de 3,6%, o que representou a perda de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas nessa condição.