Representantes da Prefeitura de Governador Valadares e do Governo de Minas se reuniram na tarde desta quinta-feira (21) com o objetivo de encontrar uma solução para a suspensão das obras do hospital regional, que foi iniciado em 2013 e paralisado desde 2015. Segundo o Governo do estado, a conclusão da construção hoje é inviável por causa da crise financeira em Minas Gerias.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Enes Cândido, quando as obras no hospital foram paralisadas o local estava com 70% da estrutura pronta. Na época, o governo estadual suspendeu os trabalhos. Ainda segundo o secretário, para o término da construção seria necessário investimento de cerca de R$ 40 milhões.

Durante o encontro, Enes Cândido ressaltou a dificuldade na relação entre o município e o estado em manter dois hospitais desse porte na cidade. “O estado já não está repassando para o hospital municipal os recursos, que já faz o papel de regional; eles não cumpriram com a obrigação mensal. Se abrir um novo hospital aí teremos dois hospitais gerais no mesmo município com custeio quase que triplicado. Quem vai custear? E como vai ser a divisão, tripartite ou o estado vai assumir? A sinalização que temos hoje é que o estado não vai assumir parte do custeio, porque não tem dinheiro”, disse o secretário.

Durante a reunião foram apresentadas alternativas para as obras inacabadas que envolveriam a iniciativa privada ou até mesmo instituições de ensino superior, na tentativa de transformar a unidade em um hospital universitário.

“Para gente colocar o funcionamento desse hospital à sociedade, nós precisamos de parceiras. Parceira com a sociedade, parceria público-privada. Então essa reunião tem um objetivo de levar uma proposta para o governo, uma realização de gestão desse hospital e finalização das obras para que ocorra da melhor maneira possível”, explicou Patrícia Albergaria, que representou o Governo de Minas durante o encontro.

Ainda segundo Patrícia Albergaria, o Governo não tem como arcar com todo o custo das obras para entregar o hospital, por isso essas parceiras seriam uma opção para atual situação. “Não teria o dinheiro para a conclusão, nem para equipar e muito menos para gerir esse hospital".

A expectativa é que novos encontros sejam realizados ao longo do ano para uma definição do que será feito com o restante das obras da unidade e seu próprio funcionamento.